Home Dialectos portugueses do Centro-Sul: corpus de fenómenos e revisão do problema da (des)unidade
Article
Licensed
Unlicensed Requires Authentication

Dialectos portugueses do Centro-Sul: corpus de fenómenos e revisão do problema da (des)unidade

  • Fernando Brissos EMAIL logo
Published/Copyright: November 6, 2015
Become an author with De Gruyter Brill

Abstract

The traditional view on Portuguese central-southern dialects (CS) considers the existence of two idiosyncratic areas in the central-interior and southwestern parts of the country which break CS’ general homogeneity. Brissos (2014) however, presents acoustic data from which can be seen that several linguistic phenomena, usually circumscribed to those two areas, indeed exist in other distant and scattered locales not encompassed in the standard area split. Additionally, Brissos/Saramago (2014) present auditory data which corroborate Brissos’ (2014) fundamental conclusions. These facts suggest a revision of the traditional overview of CS and demand further testing: an analysis of all remaining dialectal features of CS (and not only some specific phenomena) must be conducted. This paper thus presents an extensive corpus of the dialectal features existing in CS (comprising the same area analyzed by Brissos 2014) and carries on that analysis. A new overview of those dialects is proposed.‏


O autor deseja agradecer publicamente a João Saramago a revisão disponível e minuciosa do manuscrito e a ajuda fundamental que deu com a parte dialectométrica do trabalho. Agradece também a Gabriela Vitorino a ajuda sempre disponível com o uso do grande conjunto de materiais do Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza que foi necessário para este estudo.


4

4 Referências citadas

Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza, <http://www.clul.ul.pt/en/research-teams/205-linguistic-and-ethnographic-atlas-of-portugal-and-galicia-alepg?showall=1> [consultado em 26/09/2014].Search in Google Scholar

Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza, Questionário linguístico, 3 vol., Lisboa, Instituto de Linguística, 1974.Search in Google Scholar

Baptista, Cândida, O falar da Escusa, Dissertação de licenciatura, Lisboa, Universidade de Lisboa, 1967.Search in Google Scholar

Brissos, Fernando, Linguagem do Sueste da Beira no tempo e no espaço, Lisboa, Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, 2012.Search in Google Scholar

Brissos, Fernando, New insights into Portu­guese central-southern dialects: understanding their present and past forms through acoustic data from stressed vowels, Journal of Portu­guese Linguistics 13:1 (2014), 63–115.10.5334/jpl.63Search in Google Scholar

Brissos, Fernando/Saramago, João, O problema da diversidade dialectal do Centro–Sul português: informação perceptiva versus informação acústica, Estudos de Lingüística Galega 6 (2014), 53–80.10.15304/elg.6.1781Search in Google Scholar

Buescu, Maria Leonor, Monsanto: etnografia e linguagem, Lisboa, Presença, 21984 (Lisboa, Centro de Estudos Filológicos, 1961).Search in Google Scholar

Carreiro, Maria Eduarda, Monografia linguística de Nisa, Dissertação de licenciatura, Lisboa, Universidade de Lisboa, 1948.Search in Google Scholar

Castro, Ivo, Introdução à história do português, Lisboa, Colibri, 22006.Search in Google Scholar

Cintra, Luís Lindley, Os ditongos decrescentes «ou» e «ei». Esquema de um estudo sincrónico e diacrónico, in: id., Estudos de dialectologia portuguesa, Lisboa, Sá da Costa, 1983, 35–54 (primeira publicação: Anais do Primeiro Simpósio de Filologia Românica (1958), Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura, 1970, 115–134) (= 1983a).Search in Google Scholar

Cintra, Luís Lindley, Nova proposta de classificação dos dialectos galego-portugueses, in: id., Estudos de dialectologia portuguesa, Lisboa, Sá da Costa, 1983, 117–163 (primeira publicação: Boletim de Filologia 22 (1971), 81–116) (= 1983b).Search in Google Scholar

Cunha, Celso/Cintra, Luís Lindley, Nova gramática do português contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 1984.Search in Google Scholar

Delgado-Martins, Maria Raquel, Análise acústica das vogais tónicas do português, in: ead., Fonética do português: trinta anos de investigação, Lisboa, Caminho, 2002, 41–52 (primeira publicação: Boletim de Filologia 22 (1973), 303–314).Search in Google Scholar

Escudero, Paola, et al., A cross-dialect acoustic description of vowels: Brazilian and European Portuguese, Journal of the Acoustical Society of America 126 (2009), 1379–1393.10.1121/1.3180321Search in Google Scholar

Goebl, Hans, Eléments d’analyse dialectométrique (avec application à l’AIS), Revue de Linguistique Romane 45 (1981), 349–420.Search in Google Scholar

Goebl, Hans, Parquet polygonal et treillis triangulaire: les deux versants de la dialectométrie interponctuelle, Revue de Linguistique Romane 47 (1983), 353–412.Search in Google Scholar

Gottschalk, Maria Filipa, Trabalhos preparatórios para o ALEPG, in: Alvar, Manuel (ed.), Actas del V Congreso Internacional de Estudios Lingüísticos del Mediterráneo, Madrid, CSIC, 1977, 573–578.Search in Google Scholar

Haudricourt, André/Juilland, Alphonse, Essai pour une histoire structurale du phonétisme français, Paris, Klincksieck, 1949.Search in Google Scholar

Maia, Clarinda de Azevedo, Geografia dialectal e história do português: resultados da terminação latina ‑ana, Biblos 57 (1981), 73–96 (contém mapas).Search in Google Scholar

Mateus, Maria Helena/Andrade, Ernesto, The phonology of Portuguese, Oxford, Oxford University Press, 2000.Search in Google Scholar

Pinto, Adelina A., A africada «č» em português. Estudo sincrónico e diacrónico, Boletim de Filologia 26 (1981), 139–192.Search in Google Scholar

Prista, Luís, Tentativa de cenário para «tš» > «š», in: Variação linguística no espaço, no tempo e na sociedade. Actas do Encontro Regional da Associação Portuguesa de Linguística (Miranda do Douro, Setembro de 1993), Lisboa, Associação Portuguesa de Linguística/Colibri, 1994, 183–226.Search in Google Scholar

Saramago, João, O Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza (ALEPG), Estudis Romànics 28 (2006), 281–298.Search in Google Scholar

Segura (da Cruz), (Mª) Luísa, A fronteira dialectal do Barlavento do Algarve, Dissertação de doutoramento, Lisboa, Universidade de Lisboa, 1987.Search in Google Scholar

Segura, Luísa, Variedades dialectais do português europeu, in: Raposo, E. Paiva, et al. (edd.), Gramática do português, vol. 1, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, 85–142.Search in Google Scholar

Teyssier, Paul, História da língua portuguesa, Tradução portuguesa de Celso Cunha, Lisboa, Sá da Costa, 82001 (versão original: Paris, Presses Universitaires de France, 1980).Search in Google Scholar

Vasconcelos, José Leite de, Esquisse d’une dialectologie portugaise, Lisboa, Centro de Estudos Filológicos, 21970 (Paris, Aillaud, 1901).Search in Google Scholar

Anexo

I. Mapas

 Mapa 1: Classificação dos dialectos galego-portugueses (Cintra 1983b).

Mapa 1: Classificação dos dialectos galego-portugueses (Cintra 1983b).

 Mapa 2: Pontos de inquérito utilizados em Brissos (2014) e no presente estudo. Legenda: Alp = (inquérito de) Alpalhão. FA = Foros do Arrão. CV = Cabeço de Vide. Fr = Freixial. Alc = Alcochete. FCN = Foros da Casa Nova. Bl = Baldios. Cr = Carrapatelo. Qt = Quintos. Ms = Mesquita. ZM = Zambujeira do Mar. PS = Praia da Salema. SL = Santa Luzia.

Mapa 2: Pontos de inquérito utilizados em Brissos (2014) e no presente estudo. Legenda: Alp = (inquérito de) Alpalhão. FA = Foros do Arrão. CV = Cabeço de Vide. Fr = Freixial. Alc = Alcochete. FCN = Foros da Casa Nova. Bl = Baldios. Cr = Carrapatelo. Qt = Quintos. Ms = Mesquita. ZM = Zambujeira do Mar. PS = Praia da Salema. SL = Santa Luzia.

 Mapa 3: Fenómenos respeitantes à qualidade vocálica de /e/ e /ɛ/ do português padrão (Brissos 2014).Legenda: ↑↓ = sistemas vocálicos com (i) destacada abertura / fechamento de /e ɛ/ do português padrão e (ii) a vogal /æ/. (Um e outro fenómenos ocorrem sempre na mesma contextualização, que é a descrita pela literatura para o Barlavento do Algarve, Segura 1987; etc., de onde o traço é, de acordo com a literatura, característico). — ↓ = sistemas vocálicos com destacada abertura / fechamento de /ɛ/ do padrão (sempre de acordo com a contextualização do Barlavento algarvio) mas sem a vogal /æ/. (A mesma abertura / fechamento de /ɛ/ que pode ser encontrada em Praia da Salema, Mesquita, Quintos, Zambujeira do Mar, Baldios e Alcochete ocorre igualmente em todos os restantes pontos de inquérito, mas aí sem resultar num timbre vocálico específico: cf. Brissos 2014, §3.3.º). — → = Velarização de /e/ que não resulta da monotongação do antigo ditongo [ej] (traço característico do Centro-Interior). — ¢ = Arredondamento das duas vogais anteriores não altas: /e ɛ/ (traço relacionado com a velarização de e: cf. Brissos 2014, §3.4.º).

Mapa 3: Fenómenos respeitantes à qualidade vocálica de /e/ e /ɛ/ do português padrão (Brissos 2014).Legenda: ↑↓ = sistemas vocálicos com (i) destacada abertura / fechamento de /e ɛ/ do português padrão e (ii) a vogal /æ/. (Um e outro fenómenos ocorrem sempre na mesma contextualização, que é a descrita pela literatura para o Barlavento do Algarve, Segura 1987; etc., de onde o traço é, de acordo com a literatura, característico). — = sistemas vocálicos com destacada abertura / fechamento de /ɛ/ do padrão (sempre de acordo com a contextualização do Barlavento algarvio) mas sem a vogal /æ/. (A mesma abertura / fechamento de /ɛ/ que pode ser encontrada em Praia da Salema, Mesquita, Quintos, Zambujeira do Mar, Baldios e Alcochete ocorre igualmente em todos os restantes pontos de inquérito, mas aí sem resultar num timbre vocálico específico: cf. Brissos 2014, §3.3.º). — = Velarização de /e/ que não resulta da monotongação do antigo ditongo [ej] (traço característico do Centro-Interior). — ¢ = Arredondamento das duas vogais anteriores não altas: /e ɛ/ (traço relacionado com a velarização de e: cf. Brissos 2014, §3.4.º).

 Mapa 4: Fenómenos respeitantes à qualidade vocálica de /ɔ/ e /u/ do português padrão (adaptação de Brissos 2014).Legenda: ↑ = existência de /ɔ̝/ (traço característico do Sudoeste). — ← = existência de /ʉ/ (i.e. não existência de /u/; traço característico do Sudoeste e do Centro-Interior). — O = /u/ é a vogal mais recuada do sistema. — × = /u/ é menos recuado do que as outras duas vogais posteriores (/o/ e /ɔ/ ou /ɔ̝/). — v = /u/ é menos recuado do que /o/, mas mais recuado do que /ɔ/ (i.e. a outra vogal posterior). (Nota-se assim que, ao contrário do que tem sido descrito para o português padrão — cf. Delgado-Martins 2002; Escudero et al. 2009 —, o u tónico dialectal do Centro-Sul português tende a não ser a vogal mais recuada do sistema; destaca-se mesmo, na maioria dos pontos de inquérito, pelo seu grau de avanço articulatório. A «palatalização» — i.e. o avanço articulatório de u, em vários graus entre [ʉ] e [y] — é o traço principal das variedades da Beira Baixa e Alto Alentejo e do Barlavento Algavio, pois é o traço que Cintra e seguidores utilizam para delimitar geograficamente ambas as variedades; mas os dados de Brissos 2014 mostram que existe uma tendência geral do Centro-Sul português dialectal para o avanço dessa vogal).

Mapa 4: Fenómenos respeitantes à qualidade vocálica de /ɔ/ e /u/ do português padrão (adaptação de Brissos 2014).Legenda: = existência de /ɔ̝/ (traço característico do Sudoeste). — = existência de /ʉ/ (i.e. não existência de /u/; traço característico do Sudoeste e do Centro-Interior). — O = /u/ é a vogal mais recuada do sistema. — × = /u/ é menos recuado do que as outras duas vogais posteriores (/o/ e /ɔ/ ou /ɔ̝/). — v = /u/ é menos recuado do que /o/, mas mais recuado do que /ɔ/ (i.e. a outra vogal posterior). (Nota-se assim que, ao contrário do que tem sido descrito para o português padrão — cf. Delgado-Martins 2002; Escudero et al. 2009 —, o u tónico dialectal do Centro-Sul português tende a não ser a vogal mais recuada do sistema; destaca-se mesmo, na maioria dos pontos de inquérito, pelo seu grau de avanço articulatório. A «palatalização» — i.e. o avanço articulatório de u, em vários graus entre [ʉ] e [y] — é o traço principal das variedades da Beira Baixa e Alto Alentejo e do Barlavento Algavio, pois é o traço que Cintra e seguidores utilizam para delimitar geograficamente ambas as variedades; mas os dados de Brissos 2014 mostram que existe uma tendência geral do Centro-Sul português dialectal para o avanço dessa vogal).

 Mapa 5: Mosaico poligonal dos treze pontos da rede de inquéritos utilizada.Legenda: 1 = Alpalhão (Alp). 2 = Foros do Arrão (FA). 3 = Freixial (Fr). 4 = Cabeço de Vide (CV). 5 = Alcochete (Alc). 6 = Baldios (Bl). 7 = Carrapatelo (Cr). 8 = Foros da Casa Nova (FCN). 9 = Quintos (Qt). 10 = Mesquita (Ms). 11 = Zambujeira do Mar (ZM). 12 = Santa Luzia (SL). 13 = Praia da Salema (PS).

Mapa 5: Mosaico poligonal dos treze pontos da rede de inquéritos utilizada.Legenda: 1 = Alpalhão (Alp). 2 = Foros do Arrão (FA). 3 = Freixial (Fr). 4 = Cabeço de Vide (CV). 5 = Alcochete (Alc). 6 = Baldios (Bl). 7 = Carrapatelo (Cr). 8 = Foros da Casa Nova (FCN). 9 = Quintos (Qt). 10 = Mesquita (Ms). 11 = Zambujeira do Mar (ZM). 12 = Santa Luzia (SL). 13 = Praia da Salema (PS).

 Mapa 6-1: Valores em função comunicativa entre Alpalhão e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais)

Mapa 6-1: Valores em função comunicativa entre Alpalhão e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais)

 Mapa 6-2: Valores em função comunicativa entre Alpalhão e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

Mapa 6-2: Valores em função comunicativa entre Alpalhão e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

 Mapa 7-1: Valores em função comunicativa entre Praia da Salema e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

Mapa 7-1: Valores em função comunicativa entre Praia da Salema e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

 Mapa 7-2: Valores em função comunicativa entre Praia da Salema e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

Mapa 7-2: Valores em função comunicativa entre Praia da Salema e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

 Mapa 8-1: Valores em função comunicativa entre Foros do Arrão e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

Mapa 8-1: Valores em função comunicativa entre Foros do Arrão e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

 Mapa 8-2: Valores em função comunicativa entre Foros do Arrão e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

Mapa 8-2: Valores em função comunicativa entre Foros do Arrão e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

 Mapa 9-1: Valores em função comunicativa entre Freixial e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

Mapa 9-1: Valores em função comunicativa entre Freixial e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

 Mapa 9-2: Valores em função comunicativa entre Freixial e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

Mapa 9-2: Valores em função comunicativa entre Freixial e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

 Mapa 10-1: Valores em função comunicativa entre Santa Luzia e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

Mapa 10-1: Valores em função comunicativa entre Santa Luzia e os outros pontos (grau 0 vs. graus 1 e 2, valores percentuais).

 Mapa 10-2: Valores em função comunicativa entre Santa Luzia e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

Mapa 10-2: Valores em função comunicativa entre Santa Luzia e os outros pontos (graus 0 e 1 vs. grau 2, valores percentuais).

 Mapa 11: Fenómenos sujeitos a análise qualitativa (2.3.2).Legenda: ← = Palatalização de a tónico, classe 1. Ö = Apócope ou passagem a schwa de [u] átono final. Õ = Apócope de [ɨ] átono final. « = Formas reforçadas de demonstrativos.

Mapa 11: Fenómenos sujeitos a análise qualitativa (2.3.2).Legenda: = Palatalização de a tónico, classe 1. Ö = Apócope ou passagem a schwa de [u] átono final. Õ = Apócope de [ɨ] átono final. « = Formas reforçadas de demonstrativos.

II. Tabelas

Tabela 1:

Concordâncias entre pontos de inquérito (grau 0 vs. graus 1 e 2)

Alpalhão
AlpalhãoForos do Arrão
Foros do Arrão38 = 55,07%[15]Cabeço de Vide
Cabeço de Vide33 = 47,83%44 = 63,77%Freixial
Freixial39 = 56,52%44 = 63,77%43 = 62,32%Alcochete
Alcochete43 = 62,32%58 = 84,06%45 = 65,22%47 = 68,12%Foros da Casa Nova
Foros da Casa Nova30 = 43,48%47 = 68,12%44 = 63,77%46 = 66,67%48 = 69,57%Baldios
Baldios32 = 46,38%51 = 73,91%50 = 72,46%48 = 69,57%52 = 75,36%59 = 85,51%Carrapatelo
Carrapatelo34 = 49,28%47 = 68,12%48 = 69,57%46 = 66,67%50 = 72,46%61 = 88,41%61 = 88,41%Quintos
Quintos27 = 39,13%44 = 63,77%47 = 68,12%41 = 59,42%45 = 65,22%56 = 81,16%54 = 78,26%54 = 78,26%Mesquita
Mesquita31 = 44,93%46 = 66,67%47 = 68,12%39 = 56,52%49 = 71,01%58 = 84,06%54 = 78,26%56 = 81,16%59 = 85,51%Zambujeira do Mar
Zambujeira do Mar34 = 49,28%47 = 68,12%46 = 66,67%50 = 72,46%50 = 72,46%61 = 88,41%57 = 82,61%63 = 91,30%60 = 86,96%58 = 84,06%Praia da Salema
Praia da Salema41 = 59,42%42 = 60,87%43 = 62,32%45 = 65,22%45 = 65,22%48 = 69,57%46 = 66,67%48 = 69,57%49 = 71,01%53 = 76,81%52 = 75,36%Santa Luzia
Santa Luzia35 = 50,72%42 = 60,87%39 = 56,52%43 = 62,32%43 = 62,32%50 = 72,46%46 = 66,67%48 = 69,57%49 = 71,01%55 = 79,71%50 = 72,46%59 = 85,51%
MÉDIA34,75 = 50,36%45,83 = 66,43%44,08 = 63,89%44,25 = 64,13%47,92 = 69,44%50,67 = 73,43%50,83 = 73,67%51,33 = 74,4%48,75 = 70,65%50,42 = 73,07%52,33 = 75,85%47,58 = 68,96%46,58 = 67,51%
Desvio--padrão4,715,044,53,444,298,987,638,179,118,538,115,166,71
Tabela 2:

Concordâncias entre pontos de inquérito (graus 0 e 1 vs. grau 2)

Alpalhão
AlpalhãoForos do Arrão
Foros do Arrão27 = 50,94%[16]Cabeço de Vide
Cabeço de Vide27 = 50,94%35 = 66,04%Freixial
Freixial28 = 52,83%40 = 75,47%40 = 75,47%Alcochete
Alcochete31 = 58,49%41 = 77,36%33 = 62,26%40 = 75,47%Foros da Casa Nova
Foros da Casa Nova20 = 37,74%36 = 67,92%34 = 64,15%39 = 73,58%40 = 75,47%Baldios
Baldios21 = 39,62%39 = 73,58%37 = 69,81%42 = 79,25%41 = 77,36%46 = 86,79%Carrapatelo
Carrapatelo19 = 35,85%37 = 69,81%35 = 66,04%38 = 71,7%39 = 73,58%48 = 90,57%47 = 88,68%Quintos
Quintos20 = 37,74%36 = 67,92%36 = 67,92%33 = 62,26%36 = 67,92%43 = 81,13%38 = 71,7%40 = 75,47%Mesquita
Mesquita20 = 37,74%36 = 67,92%32 = 60,38%37 = 69,81%40 = 75,47%49 = 92,45%42 = 79,25%46 = 86,79%45 = 84,91%Zambujeira do Mar
Zambujeira do Mar18 = 33,96%32 = 60,38%32 = 60,38%35 = 66,04%36 = 67,92%47 = 88,68%42 = 79,25%44 = 83,02%45 = 84,91%47 = 88,68%Praia da Salema
Praia da Salema27 = 50,94%37 = 69,81%31 = 58,49%34 = 64,15%41 = 77,36%40 = 75,47%37 = 69,81%39 = 73,58%40 = 75,47%42 = 79,25%38 = 71,7%Santa Luzia
Santa Luzia22= 41,51%34 = 64,15%36 = 67,92%33 = 62,26%38 = 71,7%41 = 77,36%36 = 67,92%39 = 73,58%45 = 84,91%41 = 77,36%39 = 73,58%44 = 83,02%
MÉDIA23,33 = 44,03%35,83 = 67,61%34 = 64,15%36,58 = 69,03%38 = 71,7%40,25 = 75,94%39 = 73,58%39,25 = 74,06%38,08 = 71,86%39,75 = 75%37,92 = 71,54%37,5 = 70,75%37,33 = 70,44%
Desvio-pa-drão4,363,743,334,063,337,936,657,637,017,918,254,816,07
Online erschienen: 2015-11-6
Erschienen im Druck: 2015-11-1

© 2015 Walter de Gruyter GmbH, Berlin/Boston

Articles in the same Issue

  1. Frontmatter
  2. Frontmatter
  3. Aufsätze
  4. Comment écrivait la chancellerie royale capétienne au XIIIe siècle ?
  5. Encore sur « l’altra faccia del trobar » : lecture d’une cobla de Garin d’Apchier (Membria·us del jornal, P.-C. 443, 3)
  6. Una nueva fuente para el Rams de Flores de Juan Fernández de Heredia y la versión catalana primitiva del Valeri Màxim
  7. Los clíticos de primera persona del plural en las lenguas peninsulares: una visión dialectal
  8. «Yo creo que sí hay. Lo único es que no lo sé»: política lingüística mexicana y su percepción en Yucatán
  9. Dialectos portugueses do Centro-Sul: corpus de fenómenos e revisão do problema da (des)unidade
  10. A linguistic sketch of Judeo-Piedmontese and what it tells us about Piedmontese Jews’ origins
  11. Miszelle
  12. Retrodatazioni di etnici da un volgarizzamento inedito delle Epistole dello Pseudo Bruto
  13. Besprechungen
  14. Veronica Vötterle, Arabische Musikinstrumente in der Literatur des Mittelalters (Elementa Musicae. Abbildungen und Studien zur älteren Musikgeschichte, 7), Wiesbaden, Reichert, 2013, 171 p.
  15. Steffen Schneider, Kosmos, Seele, Text – Formen der Partizipation und ihre literarische Vermittlung: Marsilio Ficino, Pierre de Ronsard, Giordano Bruno (Neues Forum für Allgemeine und Vergleichende Literaturwissenschaft, 48), Heidelberg, Winter, 2012, 438 p.
  16. Reinhard Kiesler, Zur Syntax der Umgangssprache. Vergleichende Untersuchungen zum Französischen, Italienischen und Spanischen (Beiträge zur Romanistik, 14), Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 2013, XXIV + 452 p.
  17. Marie-Thérèse Lorcin, Les recueils de proverbes français (1160–1490). Sagesse des nations et langue de bois, Préface d’Élisabeth Schulze-Busacker (Essais sur le Moyen Âge, 50), Paris, Champion, 2011, 156 p.
  18. Dorit Herrmann, Varietät über Grenzen hinaus. Zum Französischen in der regionalen Tagespresse des französisch-schweizerischen Grenzgebietes (Sprache, Mehrsprachigkeit und sozialer Wandel, 10), Frankfurt am Main et al., Lang, 2009, XVI + 392 p.
  19. Sergio Vatteroni, Il trovatore Peire Cardenal («Subsidia» al «Corpus des troubadours», nuova serie, 12), 2 voll., Modena, Mucchi, 2013, 1073 p.
  20. Christoph Gabriel / Trudel Meisenburg / Maria Selig, Spanisch: Phonetik und Phonologie. Eine Einführung (narr studienbücher), Tübingen, Narr, 2013, xii + 237 p.
  21. Katja Brenner, Spanische Modalpartikeln. Funktionsweise und Übersetzungsproblematik dargestellt am Beispiel von «sí» und «sí que» (Bonner romanistische Arbeiten, 111), Frankfurt am Main et al., Lang, 2014, 287 p.
  22. Christina Ossenkop, Spanisch-portugiesischer Sprachkontakt in der Extremadura am Beispiel der Gemeinden Cedillo, Valencia de Alcántara und La Codosera (pro lingua, 48), Wilhelmsfeld, Egert, 2014, XVI + 630 p.
  23. Paul Videsott, Padania scrittologica. Analisi scrittologiche e scrittometriche di testi in italiano settentrionale antico dalle origini al 1525 (Beihefte zur Zeitschrift für romanische Philologie, 343), Tübingen, Niemeyer, 2009, XVII + 624 p.
  24. Nicolae Saramandu / Alina Celac / Carmen-Irina Floarea / Marilena Tiugan, Dicţionarul dialectului meglenoromân: general şi etimologic, vol. 1: A–C, Bucureşti, Editura Academiei Române, 2013, XVI + 300 p.
  25. Sammelbände
  26. Translations médiévales. Cinq siècles de traductions en français au Moyen Âge (XIe–XVe siècles). Étude et répertoire, sous la direction de Claudio Galderisi, avec la collaboration de Vladimir Agrigoroaei, 2 vol. (3 tomes), Turnhout, Brepols, 2011, vol. 1: 616 p.; vol. 2: 1559 p. (vol. 1: De la «translatio studii» à l’étude de la «translatio», 616 p.; vol. 2: Le Corpus Transmédie: Répertoire, «purgatoire», «enfer» et «limbes», t. 1: Langues du savoir et Belles Lettres A–O, 708 p.; t. 2: Les langues du savoir et Belles Lettres P–Z; les langues romanes, germaniques et sémitiques suivies des supercheries, du «purgatoire», de l’«enfer» et des «limbes», 866 p.).
  27. Silvio Cruschina / Martin Maiden / John Charles Smith (edd.), The Boundaries of Pure Morphology. Diachronic and Synchronic Perspectives (Oxford Studies in Diachronic and Historical Linguistics, 4), Oxford, Oxford University Press, 2013, xiii + 319 p.
  28. José del Valle (ed.), A Political History of Spanish. The Making of a Language, Cambridge, Cambridge University Press, 2013, XIV + 430 p.
  29. Uwe Hinrichs / Thede Kahl / Petra Himstedt-Vaid (edd.), Handbuch Balkan (Slavistische Studienbücher, 23), Wiesbaden, Harrassowitz, 2014, VIII + 844 p.
  30. Richard Trachsler (ed.), Bartsch, Foerster et Cie. La première romanistique allemande et son influence en Europe (Rencontres, 64), Paris, Classiques Garnier, 2013, 306 p.
  31. Tagungsakten
  32. Wulf Oesterreicher / Maria Selig (edd.), Geschichtlichkeit von Sprache und Text. Philologien – Disziplingenese – Wissenschaftshistoriographie, Paderborn, Fink, 2014, 332 p.
  33. Wolfgang Dahmen / Günter Holtus / Johannes Kramer / Michael Metzeltin / Wolfgang Schweickard / Otto Winkelmann (edd.), Zur Lexikographie der romanischen Sprachen. Romanistisches Kolloquium XXVIII (Tübinger Beiträge zur Linguistik, 548), Tübingen, Narr, 2014, 276 p.
  34. Raymund Wilhelm (ed.), Transcire et/ou traduire. Variation et changement linguistique dans la tradition manuscrite des textes médiévaux. Actes du congrès international, Klagenfurt, 15–16 novembre 2012, Heidelberg, Winter, 2013, 296 p.
  35. Irène Fabry-Tehranchi / Anna Russakoff (edd.), L’Humain et l’Animal dans la France médiévale (XIIe–XVe s.) / Human and Animal in Medieval France (12th–15th c.) (Faux Titre, 397), Amsterdam/New York, Rodopi, 2014, 231 p.
  36. Sabine Bastian / Julia Burkhardt / Elisabeth Burr (edd.), Langue et identité dans l’espace digital (Sprache – Kultur – Gesellschaft, 15), Frankfurt am Main et al., Lang, 2014, 193 p.
  37. Ludwig Fesenmeier / Anke Grutschus / Carolin Patzelt (edd.), L’absence au niveau syntagmatique. Fallstudien zum Französischen (Analecta Romanica, 80), Frankfurt am Main, Klostermann, 2013, 300 p.
  38. Andreas Dufter / Álvaro S. Octavio de Toledo (edd.), Left sentence peripheries in Spanish. Diachronic, variationist and comparative perspectives (Linguistik Aktuell / Linguistics Today, 214), Amsterdam/Philadelphia, Benjamins, 2014, viii + 423 p.
  39. Maria Selig / Gerald Bernhard (edd.), Sprachliche Dynamiken. Das Italienische in Geschichte und Gegenwart (Studia Romanica et Linguistica, 34), Frankfurt am Main et al., Lang, 2011, 253 p.
  40. Thede Kahl / Peter Mario Kreuter / Christina Vogel (edd.), Culinaria balcanica (Forum Rumänien, 24), Berlin, Frank & Timme, 2015, 376 p.
  41. Festschriften
  42. Karlheinz Hengst / Dietlind Krüger (edd.), Familiennamen im Deutschen. Erforschung und Nachschlagewerke (Onomastica Lipsiensia, 6.2), 2. Halbband, Göttingen, Leipziger Universitätsverlag, 2011, 673 p.
  43. Stephen Dörr / Thomas Städtler (edd.), « Ki bien voldreit raisun entendre ». Mélanges en l’honneur du 70e anniversaire de Frankwalt Möhren (Bibliothèque de Linguistique Romane 9), Strasbourg, ELiPhi, 2012, XXX + 337 p.
  44. Federica Diémoz / Dorothée Aquino-Weber, avec la collaboration de Laure Grüner et Aurélie Reusser-Elzingre (edd.), « Toujours langue varie... ». Mélanges de linguistique historique du français et de dialectologie galloromane offerts à M. le Professeur Andres Kristol par ses collègues et anciens élèves (Recueil de Travaux publiés par la Faculté des Lettres et Sciences humaines de l’Université de Neuchâtel, 59), Genève, Droz, 2014, 381 p.
  45. Bibliographien
  46. Christian-Muslim Relations. A Bibliographical History, vol. 6: Western Europe (1500–1600), edited by David Thomas and John Chesworth (History of Christian-Muslim Relations, 22), Leiden/Boston, Brill, 2014, 890 p.
  47. Rut Bernardi / Paul Videsott, Geschichte der ladinischen Literatur. Ein bio-bibliographisches Autorenkompendium von den Anfängen des ladinischen Schrifttums bis zum Literaturschaffen des frühen 21. Jahrhunderts, vol. 1: 1800–1945, Gröden, Gadertal, Fassa, Buchenstein und Ampezzo, vol. 2/1: ab 1945, Gröden und Gadertal, vol. 2/2: ab 1945, Fassa, Buchenstein und Ampezzo (Scripta Ladina Brixinensia, 3), Bozen, Bozen-Bolzano University Press, 2013, 1502 p.
  48. Paul Videsott / Rut Bernardi / Chiara Marcocci (edd.), Bibliografia ladina / Bibliografie des ladinischen Schrifttums / Bibliografia degli scritti in ladino, vol. 1: Von den Anfängen bis 1945 / Dalle origini al 1945 (Scripta Ladina Brixinensia, 4), Bozen, Bozen-Bolzano University Press, 2014, 200 p.
  49. Kurzanzeigen
  50. Vanessa Obry, «Et pour ce fu ainsi nommee». Linguistique de la désignation et écriture du personnage dans les romans français en vers des XIIe et XIIIe siècles (Publications romanes et françaises, 259), Genève, Droz, 2013, 466 p.
  51. Géraldine Toniutti, Pour une poétique de l’implicitation. «Cristal et Clarie» ou l’art de faire du neuf avec l’ancien, Préface de Barbara Wahlen (Archipel Essais, 19), Lausanne, Archipel Essais, 2014, 173 p.
  52. Il Tristano Corsiniano, edited and translated by Gloria Allaire (Arthurian Archives, 20: Italian Literature, 3), Cambridge, Brewer, 2015, 199 p.
  53. Iacopo Passavanti, Lo specchio della vera penitenza, Edizione critica a cura di Ginetta Auzzas (Scrittori italiani e testi antichi), Firenze, Accademia della Crusca, 2014, 610 p.
  54. Maria Rita Fadda, Grazia Deledda: profilo linguistico della prima narrativa (1890–1903) (STILEDIA, 5), Roma, Società Editrice Romana, 2014, 295 p.
  55. Teresa Poggi Salani / Neri Binazzi / Matilde Paoli / Maria Cristina Torchia, Parole di Firenze. Dal Vocabolario del fiorentino contemporaneo, Firenze, Accademia della Crusca, 2012, 455 p.
  56. Online-Ressourcen
  57. ALIQUOT – Un atlante digitale interattivo online per lo studio e la visualizzazione delle varianti della lingua italiana di uso quotidiano, <www.atlante-aliquot.de>
Downloaded on 26.10.2025 from https://www.degruyterbrill.com/document/doi/10.1515/zrp-2015-0071/html
Scroll to top button