Sobre periodização da história do português europeu. Contributo para uma discussão
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Maria Teresa Brocardo
Ao historiador da língua compete descrever e, idealmente, explicar as mudanças ocorridas numa língua particular, entendendo essas mudanças não só como manifestações de uma característica inerente a todas as línguas – a mudança – mas procurando determinar a sua relação com aspectos concretos da existência histórica dessa língua, e como tal ligadas a condicionantes específicos do espaço, tempo e sociedade em que a mesma se insere. A linguística histórica, pelo menos segundo alguns modelos, não ignora as relações entre factos linguísticos e não linguísticos, pelo que a distinção entre as duas disciplinas se poderá definir em termos de uma disciplina de âmbito mais geral, a linguística histórica, e uma disciplina de âmbito particular, a história de uma língua. Enquanto a segunda se ocupa de factos linguísticos particulares e sua relação com condicionantes específicos à partida, da ordem da história (surgindo desde logo a evidência de uma vertente interdisciplinar – história da língua / história), a primeira visa uma compreensão mais abrangente do fenómeno da mudança (embora parta da observação de mudanças particulares) e o estabelecimento de princípios gerais que a regerão, assumindo, assim, uma vocação teorizante. A disciplina mais particular não poderá, evidentemente, deixar de ter em consideração as generalizações propostas pela linguística histórica, tal como esta não pode ignorar os dados que as histórias das línguas lhe fornecem para avaliação das suas hipóteses teóricas.
© Max Niemeyer Verlag, Tübingen 2005
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